Durante os 17 anos em que viveu num lar e com a ajuda do seu fisioterapeuta, José Caldeira começou a pintar com a boca e descobriu uma vocação que desconhecia ter. Começou por pintar desenhos de paisagens que, aos poucos, foram ganhando cor, movimento, vida. Pode parecer fácil,mas o trabalho envolve noções de perspetiva, profundidade, sombreamento e textura, técnicas bastante complexas para alguém com as limitações da tetraplegia.
No lar, José Caldeira conheceu Adriana Alves com quem casou e decidiu ir viver para o Brasil. Foi no Estado de São Paulo, em Sorocaba, que começou a pintar a óleo e aprofundou a sua técnica com as professoras Danielle Averengue e Edimaura Passos.
José Caldeira faz parte da Associação de Pintores com a Boca e os Pés (APBP), entidade fundadaem 1956 por Erich Stegmann, e tem os seus trabalhos expostos em vários países.
Hoje a viver de novo em Portugal, José Caldeira está a ter aulas de pintura com o mestre João Galhofo.